O que você veio fazer aqui? – Perguntou Vitor sério.
Vim cobrar suas dívidas. – Disse Jaques se aproximando.
Esquece, o prazo ainda não venceu. – Disse Vitor tranqüilo.
Eu sei, por isso vim te avisar, para não esquecer que nem da outra vez, porque se não, alguém vai sofrer as conseqüências, é esse alguém não é você. – Disse Jaques rindo.
Eu sei muito bem quem sofre as conseqüências. – Disse Vitor olhando feio para Jaques. – Aquele papinho de que vai matar alguém, que eu amo não funciona mais!
Tá muito convencido! – Disse Jaques irritado.
Eu não amo ninguém! – Disse Vitor sério.
Mas daqui a pouco você amara, tenho certeza. – Afirmou Jaques. – Bem, já matei três pessoas que você amava.
Três? – Perguntou Vitor confuso.
Sua namorada, e seus pais, quem você acha que chamou a policia para eles? Exatamente o Jaques aqui! – Disse Jaques rindo.
Seu idiota! – Disse Vitor fechando os punhos para bater nele.
Alemão e Caixote! – Disse Jaques.
Em seguida Alemão e Caixote entraram no beco.
Não encosta em mim Vitinho, lembre-se que fomos amigos um dia! – Disse Jaques.
Amigos? Que tipo de amigo faz isso?! – Perguntou Vitor com raiva.
Nossa amizade era verdadeira, amigo. – Disse Jaques sorrindo.
Antes das drogas! Antes dos crimes! – Disse Vitor irritado.
Eu acho que ela ficou melhor, com as drogas e os crimes! – Disse Jaques. – Alemão e Caixote segurem ele, antes que ele me mate! – Disse ele rindo.
Alemão e Caixote seguraram os braços de Vitor.
Tá, diz logo o que você quer que eu faça! – Disse Vitor o olhando com raiva.
Soltem ele! – Disse Jaques.
Alemão e Caixote soltaram ele, e Vitor deu um chute no meio das pernas de Caixote, e um soco em Alemão.
Continua o mesmo violento de antes néh? – Perguntou Jaques. – Vou ser breve, me ajude a vender drogas.
Eu nunca mais, vou fazer isso! – Disse Vitor.
Quer uma ajudinha? – Perguntou Jaques tirando uma seringa do bolso.
Não! Por favor. – Disse Vitor. – Eu te ajudo, mais depois eu nunca mais vou fazer isso, pode ser? – Perguntou ele.
Que seja. – Disse Jaques guardando a seringa. – Me encontre aqui no domingo, e se por acaso não aparecer, eu te encontro!
Fica esperto garoto! – Disse Caixote.
Vitor saiu do beco, subiu em sua moto e voltou para o Hostel. Vitor abriu a porta do quarto e Fatinha dormia, ele aproveitou e entrou de fininho, deitou em seu colchão.
(Não era para isso acontecer, eu não acredito, ele me seguiu, e agora se eu não fazer o que ele manda, o Jaques vai machucar a Fatinha ou até mesmo a Lia, eu vou ter que ajudar ele, e pensar que nós dois éramos amigos.) – Pensamentos de Vitor.
Mais tarde Vitor conseguiu pegar no sono. No dia seguinte Fatinha acordou e percebeu que Vitor ainda dormia.
Anjo! – Disse Fatinha balançando Vitor.
Vitor continuou dormindo.
Vitor! – Gritou Fatinha.
Vitor acordou e olhou para a Fatinha.
Que horas são? – Perguntou Vitor.
Seis e dez da manhã! – Disse Fatinha.
Vai tomar banho e me deixa dormir! – Disse Vitor se virando no colchão.
Você vai para a escola néh? – Perguntou Fatinha.
Vou. – Disse Vitor com os olhos fechados.
Fatinha se levantou e entrou no banheiro para tomar banho, após o banho tentou acordar Vitor mas não conseguiu, então Fatinha decidiu perguntar uma coisa para Vitor.
Aonde você tava ontem a noite? – Perguntou Fatinha.
Vitor ficou sentado no colchão.
Eu saí ontem? – Perguntou Vitor.
Saiu e voltou muito tarde! – Falou Fatinha.
Pensei que fosse um pesadelo, então ele tá mesmo no Rio! – Disse Vitor se levantando.
Ele quem? – Perguntou Fatinha.
Ninguém que te interesse. – Disse Vitor entrando no banheiro.
Vitor tomou banho se trocou, e foi para escola de moto com Fatinha na garupa. Eles chegaram na escola e Vitor estacionou a moto, depois entrou no colégio. Dinho puxou Lia para conversar.
Oi Lia, tudo bem? Faz tempo que a senhora não fala comigo. – Disse Dinho.
Eu tava resolvendo problemas. – Disse Lia.
Luana viu Dinho e Lia conversando e se aproximou com seu celular, se escondeu atrás da parede do corredor, e gravou toda a conversa.
Problemas como, virar namoradinha, do Vitor? – Perguntou Dinho.
Sim. – Disse Lia sorrindo.
E a sua vingança? – Perguntou Dinho irritado.
Não sei, o Vitor até que é legal sabia? – Disse Lia.
Esqueceu que ele te humilhou em público? – Perguntou Dinho.
Tem razão, sim vou me vingar, satisfeito? – Perguntou Lia séria.
Luana tropeçou e Dinho e Lia viram ela.
Ei garota, o que você ta fazendo ai? – Perguntou Dinho olhando para Luana.
Nada, uma pessoa não pode passar pelo corredor? – Perguntou Luana.
Luana saiu andando e salvou o vídeo em seu celular, Lia olhou para Dinho.
Essa garota não me engana! – Disse Lia com raiva.
O sinal tocou e Lia foi junto com Dinho para sala de aula. No intervalo Lia foi falar com Vitor.
O que aconteceu? Você ficou pálido a aula inteira! – Disse Lia olhando para Vitor.
Encontrei com um velho amigo. – Disse Vitor sorrindo fraco. – Ele não me trás boas lembranças, entende?
Entendo. – Disse Lia.
Lia colocou a mão no cabelo de Vitor e fez carinho.
Que intimidade é essa dona Lia? – Perguntou Vitor sorrindo.
Nada. – Disse Lia tirando a mão da cabeça dele.
Tava tão bom, porque parou? – Perguntou Vitor dando um grande sorriso.
Para Vitor! – Disse Lia vermelha de vergonha.
Tá com vergonha de mim? – Perguntou Vitor fazendo Lia ficar mais vermelha ainda. – Calma.
Eu estou calma. – Disse Lia olhando para o céu.
Não é o que parece. – Disse Vitor.
Eles ficaram conversando até bater o sinal.
Na hora da saída...
Vitor e Fatinha foram de moto para o Hostel, Vitor olhou do outro lado da rua e viu Jaques, Fatinha entrou no Hostel e Vitor atravessou a rua.
O que você tá fazendo aqui? – Perguntou Vitor.
Queria saber onde você morava. – Disse Jaques sorrindo.
Vai embora! Anda, eu vou aparecer lá no domingo! – Disse Vitor.
Tá bom Vitinho, tchau amigo. – Disse Jaques saindo dali e entrando em um carro preto.
(Será que eu nunca vou ter paz nessa vida?!) – Pensamentos de Vitor.
Vitor! – Gritou Lia.
Vitor correu até Lia.
Á quanto tempo está ai? – Perguntou Vitor preocupado.
Cheguei agora. – Disse Lia sorrindo.
Que bom, tinha uma coisa importante para te perguntar. (É agora que vou entrar totalmente no joguinho dela). – Disse Vitor se ajoelhando. – Quer namorar comigo, dona chata?
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