sábado, 10 de agosto de 2013

Dor de Cabeça

Vitor olhou para trás.

O que você tá fazendo?! – Disse Vitor.

Dinho espetou a seringa no braço de Vitor. Vitor tirou a seringa de seu braço.

Seu idiota! – Disse Vitor segurando a seringa. – Olha a quantidade de droga que tem dentro disso! Você poderia me matar, sabia? – Disse ele mostrando a seringa.

Eu quero que você morra! – Disse Dinho com raiva.

O que ele fez com você? – Perguntou Vitor.

Não interessa, vamos logo pegar o dinheiro dele! Não agüento ficar perto de você. – Disse Dinho.

Vitor começou a ficar tonto.

Tá vendo o que você fez? Eu tô ficando com dor de cabeça. – Disse Vitor dirigindo.

Aproveita e morre! – Disse Dinho.

Era a única coisa que eu queria fazer antigamente. – Disse Vitor acelerando. – Você está sendo burro, jogando sua vida fora!

Quem é você pra me dar lição de moral?! – Disse Dinho.

Diz logo, qual é o problema comigo? – Perguntou Vitor.

Dinho ficou calado. Eles chegaram no local, Vitor e Dinho desceram do carro, entraram no lugar pegaram o dinheiro, e entregaram as coisas, depois voltaram para o carro.

Eu odeio fazer isso. – Disse Vitor.

E você acha que eu gosto? Hein? – Perguntou Dinho.

O Jaques te forçou? – Perguntou Vitor.

Não, não, eu não sei! Cala a boca. – Disse Dinho nervoso.

Vitor estacionou o carro do lado do beco, e desceu.

Vitinho, como sempre o melhor entregador. – Disse Jaques se aproximando.

O que você fez com ele? – Perguntou Vitor.

Ele quem? – Perguntou Jaques.

Com o Dinho. – Disse Vitor entregando o dinheiro para Jaques.

Eu não fiz nada, ele que fica se drogando. – Disse Jaques rindo.

Não sei não. – Disse Vitor.

Vitinho, tem certeza que não quer voltar pra gang? – Perguntou Jaques.

Sabe o que eu quero? Pagar essa droga de dívida, e me livrar de você! – Disse Vitor saindo do beco.

Continua falando assim comigo, vai! Eu descubro quem é a sua namorada! – Disse Jaques.

Eu não tenho namorada. – Disse Vitor subindo em sua moto. – Você é a pessoa que eu mais tenho vontade de matar nesse mundo.

Você vai me matar? Não fala assim com o seu amigo, Vitinho. – Disse Jaques rindo.

Vitor colocou o capacete e acelerou a moto. Chegando no Hostel, Vitor estacionou a moto e subiu até o quarto.

Aonde você tava, Anjo? – Perguntou Fatinha.

Por aí. – Disse Vitor se deitando no colchão.

Você tá bem? – Perguntou Fatinha.

Não. – Disse Vitor. – Dor de cabeça, muito forte.

Então vamos para o hospital. – Disse Fatinha se levantando de sua cama.

Eu não vou para hospital nenhum. – Disse Vitor.

Fatinha se aproximou, olhou para o braço de Vitor.

Você tomou injeção? – Perguntou Fatinha se agachando.

Injeção? – Perguntou Vitor.

Vitor se lembrou, e olhou para o braço.

Isso não é nada. – Disse Vitor.

Mas parece ser. – Disse Fatinha colocando a mão no braço de Vitor.

Mas não é! Entendeu? Me deixa! – Disse Vitor puxando seu braço.

Vitor você tá muito estranho. – Disse Fatinha se levantando e voltando para sua cama.

Lia ligou para Vitor, mas ele não atendeu várias e várias vezes. Lia estava em seu quarto, Tatá entrou.

Pra quem você está ligando? – Perguntou Tatá se sentando em sua cama.

Para o Vitor, só que ele não tá atendendo. – Disse Lia irritada.

No dia seguinte Fatinha chegou no portão do colégio, e Lia a abordou.

Oi Fatinha. – Disse Lia.

Oi, marrentinha. – Disse Fatinha desanimada.

O Vitor não vem? – Perguntou Lia.

Não, eu ia agora mesmo te dizer, ele tá com uma dor de cabeça esquisita, e se recusou a ir para o hospital, ele ficou suando a noite toda. – Disse Fatinha.

Por isso ele não atendeu minhas ligações. – Disse Lia. – Eu vou lá ficar com ele!

Vai mesmo? – Perguntou Fatinha.

Vou, tchau! – Disse Lia.

Marrentinha espera! – Gritou Fatinha.

O que foi? – Perguntou Lia.

Do jeito que o Anjo tá, não vai querer abrir a porta. – Disse Fatinha. – Toma, leva as minhas chaves. – Disse ela entregando as chaves para Lia.

Ah, obrigada, vou indo agora! – Disse Lia.

Lia se virou e foi até o Hostel, subiu as escadas e abriu a porta do quarto. Lia se aproximou e se agachou do lado do colchão de Vitor, ele estava dormindo. Lia ficou olhando Vitor dormir, ela começou a fazer carinho na cabeça dele.

Lia? – Perguntou Vitor de olhos fechados.

Você tá acordado? – Perguntou Lia.

Agora sim. – Respondeu Vitor ainda de olhos fechados. – O que você tá fazendo aqui?

Eu vim ver como você está. – Disse Lia.

A dor de cabeça já diminuiu. – Disse Vitor.

Isso é bom. – Disse Lia fazendo carinho na cabeça dele.

Você vai ficar aqui, ou vai pra escola? – Perguntou Vitor.

Eu vim ficar com você. – Disse Lia.

Tipo cuidar de mim? É isso mesmo? Tô gostando disso. – Disse Vitor abrindo os olhos.

Você não parece doente. – Disse Lia.

Eu não estou doente. – Disse Vitor.

Então me fala, o que você tem? – Perguntou Lia.

Eu estou estressado só isso. – Disse Vitor se revirando no colchão. – Estressado com pessoas idiotas.

Pelo menos você melhorou. – Disse Lia sorrindo.

Por sua causa, eu melhorei.– Disse Vitor. – Já te falei que gosto muito de você?

Não, nunca falou. – Disse Lia vermelha.

Não precisa ficar com vergonha, dona chata. – Disse Vitor. – Pega água pra mim, por favor?

Lia se levantou, pegou um copo e encheu de água, depois levou para Vitor.

Obrigado. – Disse Vitor.

Vitor tomou a água.

Porque você não toma remédio? – Perguntou Lia.

(Misturar remédio com droga, isso não dá certo.) Não posso. – Disse Vitor.

Vitor puxou Lia e a beijou. Eles pararam de se beijar.

É, eu também gosto de você! – Disse Lia recuperando o fôlego.

Silêncio. – Disse Vitor.

Vitor beijou Lia, ele se deitou, e a puxou pra cima dele segurando sua cintura, Vitor passou a mão nas costas de Lia por de baixo da camiseta que ela usava. A porta do quarto abriu.

Nossa Anjo, melhorou rápido em Safadinhos. – Disse Fatinha entrando.

Lia saiu de perto de Vitor.

Estava tão bom, que vocês nem se lembraram de fechar a porta néh?! – Disse Fatinha com um sorriso.

Fatinha para com isso! – Disse Lia.

Tá bom, tá bom, parei. – Disse Fatinha.

Desistiu de ir para a escola? – Perguntou Vitor deitado, olhando para a Fatinha.

Teve uma briga feia na escola. – Disse Fatinha. – Foi com gente da nossa sala.

Quem? – Perguntaram Lia e Vitor juntos.

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