Vitor olhou para trás.
O que você tá fazendo?! – Disse Vitor.
Dinho espetou a seringa no braço de Vitor. Vitor tirou a seringa de seu braço.
Seu idiota! – Disse Vitor segurando a seringa. – Olha a quantidade de droga que tem dentro disso! Você poderia me matar, sabia? – Disse ele mostrando a seringa.
Eu quero que você morra! – Disse Dinho com raiva.
O que ele fez com você? – Perguntou Vitor.
Não interessa, vamos logo pegar o dinheiro dele! Não agüento ficar perto de você. – Disse Dinho.
Vitor começou a ficar tonto.
Tá vendo o que você fez? Eu tô ficando com dor de cabeça. – Disse Vitor dirigindo.
Aproveita e morre! – Disse Dinho.
Era a única coisa que eu queria fazer antigamente. – Disse Vitor acelerando. – Você está sendo burro, jogando sua vida fora!
Quem é você pra me dar lição de moral?! – Disse Dinho.
Diz logo, qual é o problema comigo? – Perguntou Vitor.
Dinho ficou calado. Eles chegaram no local, Vitor e Dinho desceram do carro, entraram no lugar pegaram o dinheiro, e entregaram as coisas, depois voltaram para o carro.
Eu odeio fazer isso. – Disse Vitor.
E você acha que eu gosto? Hein? – Perguntou Dinho.
O Jaques te forçou? – Perguntou Vitor.
Não, não, eu não sei! Cala a boca. – Disse Dinho nervoso.
Vitor estacionou o carro do lado do beco, e desceu.
Vitinho, como sempre o melhor entregador. – Disse Jaques se aproximando.
O que você fez com ele? – Perguntou Vitor.
Ele quem? – Perguntou Jaques.
Com o Dinho. – Disse Vitor entregando o dinheiro para Jaques.
Eu não fiz nada, ele que fica se drogando. – Disse Jaques rindo.
Não sei não. – Disse Vitor.
Vitinho, tem certeza que não quer voltar pra gang? – Perguntou Jaques.
Sabe o que eu quero? Pagar essa droga de dívida, e me livrar de você! – Disse Vitor saindo do beco.
Continua falando assim comigo, vai! Eu descubro quem é a sua namorada! – Disse Jaques.
Eu não tenho namorada. – Disse Vitor subindo em sua moto. – Você é a pessoa que eu mais tenho vontade de matar nesse mundo.
Você vai me matar? Não fala assim com o seu amigo, Vitinho. – Disse Jaques rindo.
Vitor colocou o capacete e acelerou a moto. Chegando no Hostel, Vitor estacionou a moto e subiu até o quarto.
Aonde você tava, Anjo? – Perguntou Fatinha.
Por aí. – Disse Vitor se deitando no colchão.
Você tá bem? – Perguntou Fatinha.
Não. – Disse Vitor. – Dor de cabeça, muito forte.
Então vamos para o hospital. – Disse Fatinha se levantando de sua cama.
Eu não vou para hospital nenhum. – Disse Vitor.
Fatinha se aproximou, olhou para o braço de Vitor.
Você tomou injeção? – Perguntou Fatinha se agachando.
Injeção? – Perguntou Vitor.
Vitor se lembrou, e olhou para o braço.
Isso não é nada. – Disse Vitor.
Mas parece ser. – Disse Fatinha colocando a mão no braço de Vitor.
Mas não é! Entendeu? Me deixa! – Disse Vitor puxando seu braço.
Vitor você tá muito estranho. – Disse Fatinha se levantando e voltando para sua cama.
Lia ligou para Vitor, mas ele não atendeu várias e várias vezes. Lia estava em seu quarto, Tatá entrou.
Pra quem você está ligando? – Perguntou Tatá se sentando em sua cama.
Para o Vitor, só que ele não tá atendendo. – Disse Lia irritada.
No dia seguinte Fatinha chegou no portão do colégio, e Lia a abordou.
Oi Fatinha. – Disse Lia.
Oi, marrentinha. – Disse Fatinha desanimada.
O Vitor não vem? – Perguntou Lia.
Não, eu ia agora mesmo te dizer, ele tá com uma dor de cabeça esquisita, e se recusou a ir para o hospital, ele ficou suando a noite toda. – Disse Fatinha.
Por isso ele não atendeu minhas ligações. – Disse Lia. – Eu vou lá ficar com ele!
Vai mesmo? – Perguntou Fatinha.
Vou, tchau! – Disse Lia.
Marrentinha espera! – Gritou Fatinha.
O que foi? – Perguntou Lia.
Do jeito que o Anjo tá, não vai querer abrir a porta. – Disse Fatinha. – Toma, leva as minhas chaves. – Disse ela entregando as chaves para Lia.
Ah, obrigada, vou indo agora! – Disse Lia.
Lia se virou e foi até o Hostel, subiu as escadas e abriu a porta do quarto. Lia se aproximou e se agachou do lado do colchão de Vitor, ele estava dormindo. Lia ficou olhando Vitor dormir, ela começou a fazer carinho na cabeça dele.
Lia? – Perguntou Vitor de olhos fechados.
Você tá acordado? – Perguntou Lia.
Agora sim. – Respondeu Vitor ainda de olhos fechados. – O que você tá fazendo aqui?
Eu vim ver como você está. – Disse Lia.
A dor de cabeça já diminuiu. – Disse Vitor.
Isso é bom. – Disse Lia fazendo carinho na cabeça dele.
Você vai ficar aqui, ou vai pra escola? – Perguntou Vitor.
Eu vim ficar com você. – Disse Lia.
Tipo cuidar de mim? É isso mesmo? Tô gostando disso. – Disse Vitor abrindo os olhos.
Você não parece doente. – Disse Lia.
Eu não estou doente. – Disse Vitor.
Então me fala, o que você tem? – Perguntou Lia.
Eu estou estressado só isso. – Disse Vitor se revirando no colchão. – Estressado com pessoas idiotas.
Pelo menos você melhorou. – Disse Lia sorrindo.
Por sua causa, eu melhorei.– Disse Vitor. – Já te falei que gosto muito de você?
Não, nunca falou. – Disse Lia vermelha.
Não precisa ficar com vergonha, dona chata. – Disse Vitor. – Pega água pra mim, por favor?
Lia se levantou, pegou um copo e encheu de água, depois levou para Vitor.
Obrigado. – Disse Vitor.
Vitor tomou a água.
Porque você não toma remédio? – Perguntou Lia.
(Misturar remédio com droga, isso não dá certo.) Não posso. – Disse Vitor.
Vitor puxou Lia e a beijou. Eles pararam de se beijar.
É, eu também gosto de você! – Disse Lia recuperando o fôlego.
Silêncio. – Disse Vitor.
Vitor beijou Lia, ele se deitou, e a puxou pra cima dele segurando sua cintura, Vitor passou a mão nas costas de Lia por de baixo da camiseta que ela usava. A porta do quarto abriu.
Nossa Anjo, melhorou rápido em Safadinhos. – Disse Fatinha entrando.
Lia saiu de perto de Vitor.
Estava tão bom, que vocês nem se lembraram de fechar a porta néh?! – Disse Fatinha com um sorriso.
Fatinha para com isso! – Disse Lia.
Tá bom, tá bom, parei. – Disse Fatinha.
Desistiu de ir para a escola? – Perguntou Vitor deitado, olhando para a Fatinha.
Teve uma briga feia na escola. – Disse Fatinha. – Foi com gente da nossa sala.
Quem? – Perguntaram Lia e Vitor juntos.
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