sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Fim Do Ano

Faltando apenas duas semanas para o término do ano letivo do colégio Quadrante, o motoqueiro Vitor chegou na cidade, afim de concluir o 2º ano no Rio. Morando com Pilha e Rosa, ele rapidamente fez amizade com Orelha, já que os dois tinham algo em comum: Não perdiam a oportunidade de ser malvados com as pessoas. Fera também fazia parte do quarteto. Logo que chegou no primeiro dia se enturmou e chamou a atenção de todas as meninas do colégio, ficando com uma já no recreio do segundo dia e marcando de sair com outra na mesma noite.

Segunda-feira, da última semana de aula, Vitor estranhou o lugar ao lado dele, vazio durante toda a semana passada.
– Quem senta aqui, Orelha? – Perguntou, virando pra trás.
– Ah, é a Lia. – Riu. – Te falei do Dinho, né? Então, essa é a corna- opa, ex dele.
- Ah, claro. – Vitor riu. – Como ela viria na aula depois da humilhação, né.
– É, mas hoje ela vem, vi ela saindo de casa quando eu passei por lá. Deve estar no pátio.
– Sendo assim, vou dar as boas-vindas.

Vitor se dirigiu ao quadro, pegou uma das canetas e desenhou dois pares de chifres bem grandes no centro do mesmo. Todos que chegavam começavam a rir. Ainda faltavam alguns minutos para o sinal bater, então Vitor foi tomar água no corredor. Vitor analisava todas as garotas, já pensando qual seria a próxima ‘vítima’. Foi quando ele viu Lia. Ela parecia roubar a atenção de quem estava na roda da conversa. A garota parecia abatida, porém Vitor imaginava que ela devia ter o melhor sorriso do mundo. Era definitivamente a garota mais linda que ele já havia visto. E seria a próxima.

O sinal bateu e Vitor entrou. Quando Lia passou pela porta da sala, acompanhada de Ju, logo todos ficaram em silêncio, alguns sem conseguir conter o riso, mas a maioria constrangida. Orelha se esticou para cochichar para Vitor.


– É essa aí! – Soltou, rindo alto.

Lia começou a ficar vermelha de raiva e ao mesmo tempo com uma vontade enorme de chorar. Mas como era muito orgulhosa, virou para todos da turma e falou em voz alta:

– Quem fez isso? – O silêncio se manteve na sala. – Quem fez?? – Disse ela, mais alto.

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