quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Capitulo 04

Diego:

Quando a soltei, pude ver sua expressão frágil, seu olhar de insegurança, e a sombra que aquela menina carrega, continuamos abraçados, sentindo o seu nariz gelado tocando no meu, sentindo sua respiração acelerada, quando a porta do quarto se abriu.

–Diego, eu te procurei por todo o colégio! – Tomás disse. – Como assim... Você estava com ela? Com ela? – Ele disse em um péssimo tom.

–Hã... Não, não, claro que não. – Falei, a empurrando. – Já pode me soltar Roberta.

–Agora eu entendo o seu pai falando que qualquer mulher pode te controlar! – Ele disse rindo de mim.

–Não Tomás, não, eu só estava...

–Estava o que Diego? Me beijando? Olha Tomás, seu amiguinho que me agarrou! – Ela me interrompeu.

–Lindinha, entenda. Eu só fiquei com você, por... Por pena.

–Dieguinho, Dieguinho, eu esperava pouco de você, desde que te conheci, mas o pouco que eu esperava, era mais do que isso.

–Veja pela lado bom, agora você já pode sair por aí dizendo que me beijou como todas as garotas gostam de falar! – Disse, apertando a sua bochecha.

–Nem se preocupe Diego, eu teria vergonha de dizer que beijei alguém como você. E olha, isso só aconteceu porque eu estava fora de mim e porque eu imaginei que você não consegue ficar com ninguém sabe?

–Ui Diego. – Tomás disse, dando um murro de brincadeira em mim.

–Não se mete,olha Roberta eu tenho todas as meninas do colégio atrás de mim só te beiei por pena mesmo sabe – Respondi.

–Agora vão embora do meu quarto, vão. Só não sai dizendo por aí que me beijou, se não as pessoas vão ter nojo de mim.-disse Roberta irritada

–Não precisa se preocupar, lindinha. – Falei, me dirigindo até a porta.

–Diego, o que é que dá em você pra sumir assim hein? A gente tinha combinado de sair com aquelas meninas, vamos rápido! – Tomás me disse enquanto nós íamos andando para o nosso quarto.

–Vamos logo, e eu não vou nem levar o meu celular porque se não o meu pai vai ligar me matando.

–Mas cara, eu te imaginava em qualquer lugar... Mas no quarto da Roberta? – Ele falava enquanto trocava de blusa.

–Eu fui lá pra a gente terminar o trabalho, mas só que a coitada não tem ninguém pra escutar os problemas delas, e quando eu fui um pouquinho simpático, pronto, ela não parava mais de falar. – Eu disse rindo.

–Diego, você não me engana, e pra que você tinha logo que beijar ela?

–Você não entende! Quando eu , sei lá, quando eu abracei ela, ela é tão frágil... Ela pode parecer dar uma de durona as vezes, mas cara, você não tem noção não, dava pra ver nos olhos dela o quanto ela é sensível, e quando eu segurei ela, deu vontade de... – De a proteger, cuidar dela, pensei. Mas o meu orgulho é maior que tudo isso. - Deu vontade de ajudar ela, eu fiquei com pena, sério.

–Hm... Sei, sei. Mas agora vamos logo porque elas já devem tá lá esperando. – Fomos para a porta, conseguimos fugir do colégio, mas quando chegamos na casa de uma delas, no lugar marcado, não tinha ninguém.

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