Narrador observador:
–Lupita! Amiga, o que é isso? Está p-e-r-f-e-i-t-o! Você tem uma banda, algo assim? – Roberta falou, impressionada após escutar a música.
–Não, não... Na verdade sim, eu canto com a Mia, mas não é nada sério.
–Quem é Mia?
–É uma amiga minha, ela canta e dança muito bem.
–Imagino que não tanto quanto você né Lupi? Ficou perfeito, de verdade!
–Obrigada... E Nico, depois eu passo lá no seu quarto pra entregar a música da Mia, obrigada. – Lupita falou se inclinando um pouco para dar um beijo na bochecha, Nico virou o rosto, e o beijo na bochecha, acabou sendo na boca. – Desculpe, desculpe! Não foi com a intenção... – Lupita falou envergonhada.
–Que nada Lupi, sem problemas. – Michel disse enquanto fechava a porta.
–Hmmmm Nico! – Roberta falou, puxando Lupita como se dançassem uma valsa.
–É, eu sei, aaai ele é tão lindo!
–Mas e então, o que ele é?
–Ele é aluno daqui, só que de uma série a mais. É ele quem faz a parte instrumental das minhas músicas e da Mia, bom, a gente só fez essa, mas planejamos fazer mais.
...Quarto de Diego no outro dia...
–Tomás, você não sabe! – Diego falou enquanto colocava sua gravata, e levantava a manga da blusa que deveria ser até a mão, para que os músculos do braço pudessem ficar expostos.
–O que foi cara?
–O meu pai quer que eu pare de tocar, ele já queria antes, você sabe, mas ele usou isso de deixar a campanha dele como desculpa de tomar meu violão, a não ser que eu... A não ser que eu faça algo impossível.
–Como o que?
–Como conseguir namorar com a ruiva impulsiva.
–Não Diego, impossível, depois daquilo do beijo, você não vai conseguir nem mais chegar a um quilômetro de distancia dela.
–Pois é, eu sei... Mas eu tenho que dar um jeito, é o meu violão!
–Cara, você consegue, é só ser um pouquinho romântico e tal...
–Não acho que com a Roberta seja assim, de ser romântico, ela não é como qualquer garota.
–E você espera fazer o que?
–Eu não sei, bom, na verdade, conversando com ela, eu vi como ela é frágil, sensível, dar valor as pessoas que escutam ela, entende? O que eu tenho que fazer é meio que “provar” a ela algo, e não ser romântico, isso não faz o gênero dela.
–Diego, você falando assim parece até que conhece ela a milhões de anos. Mas agora vamos para a aula.
...Aula de filosofia...
–Agora, por favor, vão colocando os seus textos em cima de suas mesas que a aluna Mia Colucci irá passar para recolher, e quem não fez, não adianta se esconder. – A professora de filosofia falou.
–Diego, Diego! – Roberta falou, jogando um papelzinho na sua cabeça.
–Roberta! – Ele disse, fazendo um sinal com as mãos para que ela se acalmasse, até que Mia chegou cantarolando na mesa de Roberta pedindo o texto.
–A gente não teve como fazer. – Roberta falou.
–Bom... É melhor vocês falarem com a professora. – Mia Colucci disse. Roberta se levantou e foi até a professora falar.
–Professora, aconteceram algumas coisas e não teve como fazer o trabalho.
–Uma coisa tão simples feito essa, você foram a única dupla que não realizou o texto, sabia?
–Desculpe.
–Desculpas não vão dar a sua nota. Eu preciso continuar com o conteúdo com a turma, então você e Diego, vão para a sala 04 que está vazia terminar o texto.
–Só isso?
–Não, e eu quero que produzam alguma coisa com um significado de verdade do amor, não apenas um texto, algo grande, e sua nota depende disso, e do meu humor. Agora vão. – Roberta se levantou e foi até a mesa de Diego, o puxando pela gravata.
–Vem bonequinho.
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