quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Capitulo 09

–Roberta, por que nós estamos aqui? – Diego falou se sentando em uma cadeira e analisando a sala de música.

–A professora falou que éramos para terminar o texto e construir algo “grande” sobre o amor, ou seja, nota baixa, porque se depender de você né...

–Ei, quem disse que você entende mais de amor do que eu?

–Você namorou com a Pilar, isso já responde tudo. – Roberta falou, sentando-se no chão.

–Roberta, tem algumas que chegam na alma, outras que apenas nos fazem bater palmas, como Pilar, e outras que chegam no coração.

–Palmas! – Roberta falou batendo palmas. – Que poético, isso foi para o texto?

–Não, mas pode ser, nós podíamos fazer algo diferente, como se fosse uma letra da música, algo do tipo.

–Diego, aquilo que você disse, você já tinha feito?

–Na verdade sim, eu comecei a escrever uma música, mas a inspiração parou ali. Mas eu já fiz todo o instrumental.

–Você toca?

–É a minha maior paixão.

–Em alguma coisa você se parece comigo.

–Por que?

–A coisa que eu mais amo na minha vida é a música, eu acho que com você é a mesma coisa, tipo, a gente se apega às pessoas, às situações, mas a gente sabe que tudo um dia vai embora, e a música é a única coisa que não abandona a gente.

–E você faz o que? Toca, canta, dança?

–Eu só canto e dança.

–Você dança? Hm... Já sei, pra nos dar inspiração ao texto, vem cá. – Ele ajudou Roberta a se levantar do chão. – Fecha os olhos e fica aí em pé.

–Ai Diego, o que foi?

–Fica caladinha e não abre os olhos! – Ele falou colando uma música para tocar. – Pronto, pode abrir. Dança comigo, só uma?

–Mas essa música é tão... Lenta.

–E qual é o problema? – Ele falou, se ajoelhando e estendendo sua mão como um cavalheiro. - Me concede essa dança?

–É melhor não! A gente vai acabar sem fazer o trabalho de novo, e... – Diego a interrompeu tapando sua boca.

–Shh! Apenas feche os olhos, fique em silêncio, e deixa acontecer. – Ele falou, murmurando no seu ouvido, fazendo com que ela involuntariamente deitasse sobre o seu peito, colocando uma de suas mãos na nuca dele. E ele, uma de suas mãos em volta de sua cintura. E as outras duas mãos entrelaçadas. Ao final da música, ele perguntou. – E então, se inspirou?

–Na verdade sim! Agora vamos fazer.

–O que você pensou?

–É como um complemente para o que você já tinha feito, você já anotou aquilo que você disse?

–Já sim, agora fala.

–Tem uns que a gente precisa, outros que nunca se esquece, que fazem despertar paixões.

–Ouvindo uma canção.

–Para você, para mim.

–E nos chega o pensamento.

–Para viver e expressar.

–Tudo o que sinto hoje.

–Quero te ter.

–Você quer me ter, Roberta?

–Não é pra você, idiota!

–Eu anotei tudo, e acho que poderia dar uma ótima música, canta comigo?

–Eu não sei o ritmo.

–Faça como o seu coração mandar, deixa eu pegar o violão. - Diego falou, indo pegar um violão, afinal, estavam na sala de música Coloquem play na música, por favor, é importante:

http://www.youtube.com/watch?v=XH7UzMEdn2s

–Nossa, nós cantamos no mesmo ritmo... -Diego disse.

–Diego, quer saber? De verdade, eu acho que ficou muito bom! Nós podemos mostrar ao Michel, que edita as músicas da Mia e da Lupita, para ele editar essa também?

–Claro! E depois nós damos à professora de filosofia!

–Isso, agora nós temos que finalmente fazer esse texto, a música foi a tal "grande coisa`` que a professora pediu.

–É... O amor não é algo que se encontra, é algo que se constroi. - Diego falou, olhando em seus olhos.

–E que nos constrói por dentro. É algo que faz com que o nosso coração se acelere apenas em ouvir falar o nome da tal pessoa.

–E essa tal pessoa, nem sempre imagina o que está acontecendo, e quem sabe ela sente o mesmo?

–Mas então, vem a questão da coragem, será que você tem coragem para admitir isso para você? E será que tem coragem de engolir todo o seu orgulho, e ir falar para ela?

–Mas isso vem com o tempo, e só o coração pode guiar. É como uma música, tudo depende da harmonia.

–Diego, eu acho que já está bom...

–É, mas e a música, qual vai ser o nome?

–Una cancion.

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